Mato Grosso do Sul se destaca com 13 municípios entre os mais ricos do agro no Brasil

Com 13 municípios entre os 100 mais ricos do Brasil e uma agricultura na vanguarda da expansão tecnológica, o Estado do Mato Grosso do Sul atingiu R$ 44,99 bilhões em 2021 em valor de produção das culturas. É o que aponta a Pesquisa Agrícola Municipal (PAM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O valor de produção das culturas cresceu 60,7% em relação ao ano anterior. Baseado na pesquisa do último ano, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) classificou três municípios do Estado entre os 20 primeiros colocados. Primeira cidade sul-mato-grossense, Maracaju figura em 8º, com valor auferido de R$ 3,4 bilhões em produção em 2020.

Outras municipalidades que fecham a parte alta do ranking são Ponta Porã, que ficou em 16º, e Sidrolândia, em 20º, com 2,4 bilhões e R$ 2 bilhões em produção, respectivamente.

Principal motor da produção, os três municípios também são impulsionados majoritariamente pela produção de soja. De acordo com a PAM, a oleaginosa ocupou 565 mil hectares de área plantada em Maracaju em 2021, seguido por 490 mil em Ponta Porã e 453 mil em Sidrolândia.

O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, explica que o Estado passou por uma grande transformação, aumentando e tecnificando a produção.

“Temos 13 municípios ranqueados entre os de maior crescimento do agro e de representatividade em termos nacional. Mato Grosso do Sul, comemorando seus 45 anos, teve um processo de transformação nos últimos 10 anos, do seu próprio agronegócio, você tinha uma discussão muito forte do binômio soja e boi”.

Ainda de acordo com o secretário, a adoção de tecnologia ajudou o Estado a consolidar duas safras integradas e a chegar aos 6 milhões de hectares plantados somente somando as lavouras de soja e milho.

“Essa pujança do agro se deu em função do aumento da área plantada, no caso de Mato Grosso do Sul, mas também pela elevação da produtividade. Economizamos muito a expansão de área decorrente dessa elevação da produtividade. Mas o agro sul-mato-grossense obviamente que é muito mais amplo, hoje o Estado é multiproteína. Quer dizer, tem uma base de produção da proteína vegetal [e animal] e transformando essa proteína com a industrialização”, analisa Verruck.

PESQUISA
Segundo números da PAM de setembro, ao todo, MS fechou o último ano com produção recorde de 12,23 milhões de toneladas e teve aumento de 110% no valor da produção, se comparado a 2020 (R$ 14,30 bilhões).

O milho teve produção reduzida em 40,3%. Isso tudo por causa das secas e geadas que atingiram o Estado e as principais zonas produtoras, na região centro-sul de MS.

No entanto, o preço compensou os produtores: o valor de produção atingiu o recorde de R$ 8,03 bilhões, registrando alta de 7,88%, mesmo com as produtividades em baixa.

Outra cultura de alta produtividade e intensa nos campos do Estado é a cana-de-açúcar. Foram colhidas 44,29 milhões de toneladas, 1,1% inferior ao ano anterior, com um valor de produção de R$ 5,49 bilhões, alta de 9,2%.

Em área plantada total, MS apresentou 6,4 milhões de hectares, crescimento de 7,5% em relação a 2020. Entre os principais produtos, obtiveram aumento de área plantada as culturas de soja (8,1%), milho (8,9%), cana-de-açúcar (1,0%) e mandioca (9,7%).

Fonte: Correio do Estado (MS)

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