A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse que não há motivos para alarme, mas para alerta sobre a mpox, ou varíola dos macacos. Ela explicou que o Ministério da Saúde não está muito preocupado. Mas, falou sobre medidas preventivas importantes, como alertas para quem viaja e ações em casos específicos.
A declaração da ministra veio após a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificar a doença como uma emergência global. Isso foi feito devido a um surto na África.
Principais Destaques
- Ministério da Saúde não registra “grande preocupação” com a mpox no Brasil
- Medidas preventivas, como alertas para viajantes, podem ser adotadas
- OMS declarou a mpox como emergência de saúde global devido a surto na África
- Intervalo de tempo entre contato com o vírus e início dos sintomas pode chegar a 21 dias1
- A mpox pode ser transmitida por contato próximo e materiais contaminados1
O que é mpox?
Definição e transmissão da doença
A mpox, também chamada de varíola dos macacos, é uma doença viral. Ela é causada pelo vírus mpox, da família Poxviridae2. Existem duas cepas do vírus: uma da África Central e outra da África Ocidental. A cepa da África Ocidental causa menos gravidade2.
A doença se espalha pelo contato com sangue, fluidos corporais ou pele de animais infectados. Também pode ser transmitida pelo contato com secreções ou objetos contaminados2. Até 30 de janeiro de 2024, foram 57.333 notificações de mpox no Brasil, com 11.212 casos confirmados3.
Sintomas e estágios da infecção
Os sintomas da mpox incluem lesões na pele e febre. Pode haver dor no corpo, dor de cabeça, calafrios e fraqueza. As lesões podem ser planas ou elevadas e podem virar crostas3.
As lesões podem aparecer em várias partes do corpo, como rosto, mãos e pés. A média de idade dos infectados é de 31 anos, com mais homens afetados3.
Para tratar a mpox, o foco é aliviar os sintomas e prevenir complicações. Um antiviral chamado TPOXX foi aprovado em janeiro de 20222.
“A transmissão da mpox se dá por contato com secreções infectadas das vias respiratórias, feridas ou bolhas na pele da pessoa infectada, e pelo compartilhamento de objetos contaminados com fluidos do paciente ou materiais da lesão.”
Declaração de emergência global pela OMS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a mpox como uma emergência de saúde global. Isso foi feito devido a preocupações com um surto na África4. A decisão foi tomada após a organização reunir seu comitê de emergência sobre a doença. Isso foi feito por causa da preocupação com uma cepa mais mortal do vírus, o clado Ib4.
Motivos para a declaração
A OMS declarou uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) devido ao aumento de casos de mpox. Isso foi a segunda ESPII em dois anos relacionada a essa doença5. Em julho de 2022, um surto multinacional de mpox foi declarado uma ESPII. Isso foi devido à rápida propagação do vírus por contatos sexuais em diversos países anteriormente não afetados4.
Essa decisão da OMS veio após preocupações com o aumento significativo no número de casos de mpox na República Democrática do Congo (RDC)4. Em 2024, mais de 15.600 casos de mpox foram notificados, resultando em 537 mortes4. O número de casos de mpox na RDC aumentou constantemente ao longo dos anos, com um aumento significativo no ano passado4.
Outro fator que contribuiu para a declaração de emergência global foi a detecção de uma cepa mais mortal do vírus, o clado Ib. Esse clado atingiu quatro países vizinhos da RDC: Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda4. Os especialistas acreditam que o número real de casos desse clado seja maior do que o relatado. Isso porque muitos casos clinicamente compatíveis não foram analisados4.
Diante desse cenário, a OMS constatou a necessidade de uma resposta internacional coordenada. Isso para conter a disseminação da mpox e minimizar o impacto da doença5. Por isso, a organização declarou a mpox como uma emergência de saúde global. Isso visava mobilizar recursos e ações para combater essa ameaça em escala mundial4.
Posicionamento do Ministério da Saúde brasileiro
O Ministério da Saúde do Brasil, liderado pela ministra Nísia Trindade, optou por um “alerta, não alarme” sobre a mpox6. A ministra disse que não há motivos para alarme, mas é importante estar alerta. Isso porque há medidas que podem ser tomadas para controlar o vírus6.
Embora não haja grande preocupação, o Ministério da Saúde está preparando ações preventivas. Isso inclui alertas para quem viaja e acompanhamento da situação6. O objetivo é estar pronto para possíveis aumentos na transmissão, sem causar pânico6.
O Ministério da Saúde pede que a população fique calma e siga as medidas de prevenção. Isso inclui lavar as mãos com frequência, usar máscaras em locais fechados e isolar quem tem sintomas6. Essas ações ajudam a evitar a propagação da doença e tranquilizam a população6.
A mpox não é uma grande ameaça de saúde pública agora, mas é importante estar vigilante. Assim, o Ministério da Saúde busca alertar sem alarmar a população6.
Formação de comitê de operações de emergência
O Ministério da Saúde do Brasil está se preparando para enfrentar a mpox. Esta doença foi declarada Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional pela OMS7. Para coordenar as ações, um Comitê de Operação de Emergência (COE) será criado. Ele contará com órgãos-chave como a Anvisa e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde.
Atribuições e composição do comitê
O COE vai acompanhar a situação da mpox e elaborar planos de contingência. Ele também vai coordenar ações de vigilância e assistência à população89. A composição do comitê inclui especialistas em epidemiologia, infectologia e saúde pública.
A ministra disse que o governo já estava monitorando a mpox. Uma reunião de especialistas foi realizada duas semanas atrás, desde o surgimento dos primeiros casos no Brasil9. Isso mostra o comprometimento do Ministério da Saúde em se preparar para enfrentar o surto.
A formação do Comitê de Operação de Emergência é um passo importante. Ele vai garantir uma resposta eficiente do governo brasileiro à mpox. Com a participação de diferentes órgãos e especialistas, o COE pode desenvolver estratégias efetivas para minimizar os impactos da doença897.
Distribuição de vacinas contra a mpox no Brasil
No Brasil, a distribuição de vacinas contra a mpox é um grande desafio. Em 2024, houve 709 casos de mpox, com 16 óbitos, o último em abril de 202310. Até junho, apenas 29.165 doses de uma total de 49.000 foram usadas10.
Os baixos índices de vacinação são culpa da má gestão e baixa procura pela vacina10. A vacina JYNNEOS é 85% eficaz contra a mpox, de acordo com estudos10.
Os surtos de mpox afetam principalmente homens que fazem sexo com homens e outros grupos específicos10. A Bavarian Nordic tem 300.000 doses prontas para enviar. Eles planejam entregar 2 milhões de doses até o fim do ano e 8 milhões até 202510.
- Existem duas vacinas contra a mpox, ambas recomendadas pela OMS11.
- Na República Democrática do Congo, mais de 479 pessoas morreram de mpox desde o início do ano11.
- A maioria dos pacientes recupera-se em um mês, mas a doença pode ser fatal11.
- A OMS retirou a emergência de saúde pública de importância internacional em maio de 202311.
- Em julho de 2022, a OMS declarou emergência de saúde pública de importância internacional11.
- Existem riscos para pessoas com HIV não tratado devido à mpox11.
- A mpox pode ser fatal quando não tratada11.
A estratégia de vacinação no Brasil foca em grupos específicos, como pessoas com HIV/AIDS e profissionais de laboratório10.
Superar o desafio da distribuição eficaz das vacinas é crucial no Brasil. Até junho, apenas 29.165 doses de 49.000 foram usadas10. É importante que as autoridades de saúde melhorem a divulgação e o acesso às vacinas, especialmente para os grupos prioritários1011.
Preparação para aumento de transmissão e vacinação
O Brasil precisa se preparar para enfrentar um possível aumento na transmissão da mpox. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse que o país deve estar pronto para testes diagnósticos e vacinação. A vacinação será feita apenas para quem tem mais risco de ter casos graves12.
Planos de contingência
O Ministério da Saúde criou um comitê de emergência para lidar com a mpox. Esse grupo vai coordenar as ações de preparação e resposta. Eles vão acompanhar a situação e tomar as medidas certas12.
Para conter a doença, o Brasil vai aumentar a capacidade de diagnóstico e distribuir vacinas aos grupos mais vulneráveis13. Essas ações buscam reduzir a transmissão e evitar casos graves.
O Ministério da Saúde também acompanha o que acontece em outros países. Isso ajuda o Brasil a se preparar e tomar as melhores medidas para proteger a população12.
Estamos atentos e preparados para enfrentar qualquer cenário de aumento na transmissão da mpox no país”, afirma a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Com essa atitude proativa, o Ministério da Saúde quer assegurar que o Brasil esteja pronto para enfrentar a mpox. Eles buscam minimizar os riscos à saúde pública1312.
mpox: alerta, não alarme
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse que não há motivos para alarme, mas para alerta sobre o vírus mpox14. Ela explicou que, atualmente, não há grandes preocupações. Mas, há medidas como alertas para viajantes e ações específicas.
O Brasil distribuiu mais de 47 mil doses de vacinas contra a mpox para todos os estados e o Distrito Federal no ano passado15. Desde 2022, o país registrou 12.2 mil casos confirmados da doença15. O Ministério da Saúde avalia o risco como baixo7, mas está tomando medidas para evitar a disseminação.
A estratégia de vacinação no Brasil foca em grupos de risco, sem planejar imunização em massa14. As vacinas vão ser usadas principalmente em profissionais de saúde e pessoas com sistema imunológico fraco.
É crucial manter a calma e seguir as orientações das autoridades de saúde. Juntos, podemos enfrentar esse desafio de forma responsável e proteger a saúde da população.
A mpox é um tema que causa preocupação, mas é essencial evitar o alarme. Manter-se alerta às informações oficiais é fundamental. Com medidas preventivas e vacinação direcionada, o Brasil está preparado para enfrentar a situação.
Medidas preventivas recomendadas
Com o alerta global pela mpox, o Ministério da Saúde sugere medidas preventivas importantes. Essas ações buscam reduzir a disseminação da doença e proteger a saúde pública.
Cuidados e isolamento em caso de sintomas
Se você tiver sintomas como lesões na pele, siga orientações específicas16. O diagnóstico da mpox usa análise de material da lesão. A rede de saúde está pronta para atender casos suspeitos em várias unidades.
16 Se você for confirmado com mpox, fique em isolamento até as lesões sumirem16. Não saia de casa, evite contato íntimo e não compartilhe itens que possam estar contaminados.
17 A transmissão da mpox exige contato muito próximo e prolongado17. Profissionais de saúde e familiares estão mais expostos. A maioria recupera sem problemas, mas há casos graves e mortes, especialmente em quem tem baixa imunidade.
18 Ao atender pacientes com suspeita ou confirmação de mpox, use precauções extras18. É importante higienizar e desinfetar superfícies com produtos aprovados pela Anvisa.
18 Profissionais expostos a pacientes com mpox devem ser monitorados por 21 dias18. Isso inclui aferição de temperatura duas vezes por dia.
“Para prevenir a mpox, evite contato direto com pessoas infectadas, lave as mãos com água e sabão e use máscara de proteção.”16
Conclusão
O surto global de mpox levou a uma emergência de saúde pública internacional pela OMS19. O Brasil está preparando-se para possíveis aumentos na transmissão da doença20. A ministra da Saúde diz que não há motivos para alarme, mas é crucial seguir as medidas preventivas recomendadas e buscar ajuda médica se houver sintomas da mpox.
A mpox é um grande desafio, especialmente com sua recente disseminação global19. É essencial que todos estejam informados sobre a doença e como preveni-la. Com medidas preventivas e atenção aos casos suspeitos, podemos reduzir os efeitos da mpox no Brasil.
Em resumo, a situação da mpox no Brasil ainda é controlada, mas é vital manter a vigilância e reforçar as medidas de prevenção. A união entre governo, profissionais de saúde e a população é crucial para enfrentar essa ameaça à saúde pública.
FAQ
O que é a mpox?
A mpox é causada pelo vírus mpox, da família Poxviridae. Ela se espalha pelo contato com pessoas ou objetos infectados.
Quais são os principais sintomas da mpox?
Os sintomas incluem lesões na pele e podem vir com febre e dor. As lesões podem ser planas ou elevadas, com líquido claro ou amarelado. Elas secam e caem em crostas.
Por que a OMS declarou a mpox como uma emergência de saúde global?
A OMS alertou por um surto na África, especialmente com a cepa Ib. Essa cepa é mais mortal e afetou quatro províncias antes não afetadas.
Quais são as medidas adotadas pelo Ministério da Saúde do Brasil em relação à mpox?
O Ministério da Saúde não está alarmado, mas em alerta. Foi criado um Comitê de Emergência e distribuídas 47 mil doses da vacina para grupos prioritários.
Quais são as ações planejadas pelo Ministério da Saúde em caso de aumento na transmissão da mpox?
O país prepara-se para testes e vacinação, se necessário. O governo deve estar pronto para medidas de prevenção e controle.
Quais são as medidas preventivas recomendadas pela OMS e pelo Ministério da Saúde?
As recomendações incluem cuidados e isolamento se houver sintomas. A doença se espalha pelo contato próximo e por objetos contaminados.
Por: Redação Infoflash
