O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, proibiu a Igreja Católica do País de celebrar as procissões de rua durante o período religioso da Quaresma e Semana Santa. Ortega classificou a Igreja como “uma máfia organizada”, e acusou a instituição de ser antidemocrática por não permitir que católicos elejam o papa, cardeais, bispos e padres através do voto direto.
O líder sandinista também acusou os líderes da Igreja Católica de cometerem “crimes no campo financeiro”.
Já o bispo auxiliar da Arquidiocese de Manágua – exilado nos EUA, Silvio Báez, a quem foi retirada a nacionalidade nicaraguense pelas autoridades e declarado “fugitivo da justiça” após ter sido acusado, juntamente com outros 93 nicaraguenses, de crimes de “traição” -, classificou Ortega como “ateu, corrupto e criminoso” após os seus ataques à Igreja Católica.
O Papa Francisco, em 12 de fevereiro, lamentou a prisão do bispo Rolando Álvarez, que criticava a ditadura promovida por Ortega na Nicarágua. O religioso foi condenado a 26 anos e quatro meses de prisão por cometer “crime de traição”.
