Cotidiano

Padre Kelmon processa igreja e pede indenização por danos morais

O ex-candidato à Presidência da República Kelmon Luis da Silva Souza (PTB), conhecido como Padre Kelmon, está processando a Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil. No processo, Padre Kelmon pede uma indenização de R$ 500 mil por danos morais, além de cobrar direito de resposta.

A ação é movida por conta de uma nota divulgada pela igreja no dia 14 de setembro de 2022, no auge do primeiro turno da corrida eleitoral, afirmando que Kelmon Luis não era membro da instituição em nenhuma das paróquias e que nunca havia sido seminarista ou membro do clero em nenhum dos três graus da ordem (diácono, presbítero/padre e bispo). Na verdade, como lembra o próprio Padre Kelmon, o processo se deve ao fato de que a Igreja Sirian Ortodoxa não veio a público dizer que ele não era padre daquela congregação religiosa, mas sim que ele sequer era padre, lançando dúvidas sobre a sua condição, o que acabou sendo explorado politicamente.

Na época, o então candidato argumentou que era ligado à Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru e compartilhou um vídeo do arcebispo Ángel Ernesto Morán Vidal para confirmar o seu vínculo com essa organização religiosa.

“A carta do Bispo da Igreja Sirian, em plena campanha eleitoral, serviu de munição para a imprensa fazer um alarde com a situação, então o maior prejudicado em todo esse processo fui eu. O que eles tentaram fazer a partir da carta do Bispo foi queimar deliberadamente a minha imagem, tentar destruir minha pessoa. Esse Bispo, que sequer me conhecia, não tinha o direito de fazer o que fez. Ele, que prega a caridade cristã, deveria ter entrado em contato comigo, mas ao contrário, enviou carta à imprensa, de forma irresponsável, para gerar o que gerou. Que ele se explique agora à Justiça”, disse o Padre Kelmon.

Segundo o advogado Diego Medeiros, que defende o Padre Kelmon Luis, a nota da igreja ocasionou vários transtornos ao então candidato presidencial, causando danos à sua imagem e dignidade. O prejuízo da nota divulgada pela igreja foi o fato de que eles não disseram que ele não era padre daquela congregação religiosa, mas sim que sequer era padre, lançando uma dúvida sobre a sua condição que feriu a imagem e a dignidade do Padre Kelmon.

“Embora o direito à liberdade de expressão seja um dos pilares fundamentais da democracia, não se pode divulgar informações que coloquem em risco a segurança nacional, a privacidade das pessoas ou a integridade física ou psicológica de terceiros”, disse Diego Medeiros. “A imprensa atacou o Padre Kelmon de diversas maneiras a partir da carta. Órgãos de imprensa disseram que ele foi expulso da igreja ortodoxa peruana, o que é uma mentira. Ele pediu para sair”, afirmou.

 

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