
Países da União Europeia crescem pouco, e Alemanha registra queda do seu PIB
A economia da Zona do Euro ficou praticamente estagnada no primeiro trimestre de 2023, com alta de 0,1% em comparação com o trimestre anterior, de acordo com uma estimativa preliminar publicada nesta sexta-feira pelo Eurostat, o serviço estatístico europeu. A União Europeia (UE) como um todo registrou um crescimento de 0,3%. Tanto a Zona do Euro quanto a UE cresceram 1,3% no primeiro trimestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano passado.
Entre os Estados-membros que forneceram dados, Portugal registou o maior aumento do Produto Interno Bruto (PIB, que mede o tamanho da economia) trimestral, com um crescimento de 1,6% em termos trimestrais. Espanha, Itália e Letônia registraram crescimento de 0,5% em seu PIB em comparação com o trimestre anterior. Queda de 2,7% foi registrada na Irlanda.
Em relação ao ano anterior, todos os países que forneceram dados registraram crescimento positivo, exceto a Alemanha, que registrou queda de 0,1% no primeiro trimestre de 2023 em comparação com igual período de 2022.
Cartsen Brzeski, diretor global de Macro do ING, disse à Agência de Notícias Xinhua que o crescimento trimestral marginal da Zona do Euro indica que a união monetária é mais resiliente do que o esperado, tendo evitado uma recessão durante o inverno devido a uma combinação de fatores.
Ele acrescentou que os resultados são heterogêneos entre os países, o que “pode ser o início de um reequilíbrio mais estrutural da economia da zona do euro, já que o modelo econômico de negócios da Alemanha é claramente o mais afetado pelos preços mais altos da energia, transição energética e tensões comerciais globais”.
As diferenças de crescimento econômico entre os países não são um bom presságio para a ideia de uma união econômica, segundo Brzeski. “Até certo ponto, essa divergência pode ser simplesmente o resultado de diferentes intervalos de tempo para estímulo fiscal e tetos de preços de energia”, explicou.
Como o impulso na indústria e os aumentos salariais encontrarão uma força oposta no aperto da política monetária e uma possível recessão nos Estados Unidos, Brzeski prevê que o crescimento permanecerá moderado em 2024.



