Sabine Righetti, jornalista, pesquisadora do LabJor (Unicamp) e coordenadora da Agência Bori, é a vencedora do Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica concedido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Segundo a comissão julgadora, a escolha reflete a trajetória de Sabine como jornalista científica e pesquisadora na área de divulgação e popularização da ciência e tecnologia.
O Prêmio José Reis é um estímulo a iniciativas de pessoas e instituições que buscam aproximar a ciência da sociedade. Concedido anualmente, são três categorias que se alternam a cada edição. Além da categoria desta edição — “Jornalista em Ciência e Tecnologia” —, o Prêmio contempla, também, as categorias “Pesquisador e Escritor” e “Instituição ou Veículo de Comunicação”, que se revezam a cada ano.
A premiação acontecerá durante a 75ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que acontecerá entre 23 e 29 de julho de 2023, em Curitiba, na Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Sabine irá proferir uma palestra sobre seu trabalho no dia 25, terça-feira, às 9h30 no Auditório 01 da Engenharia Química da UFPR.
Para Sabine, ganhar o Prêmio é o maior reconhecimento que se pode ter na área de Jornalista em Ciência e Tecnologia. “A gente costuma dizer que é o ‘grammy’ do jornalismo científico, o maior reconhecimento que se pode ter na minha área. Então, recebê-lo, ainda mais no ano em que completo 20 anos de carreira, é uma imensa honra”
A pesquisadora é coordenadora e fundadora da Rede Brasileira de Pesquisa em Rankings, Índices e Tabelas Classificatórias na Educação Superior (REDE RANKINTACS). Sabine também concebeu e coordena a Agência Bori, projeto de disseminação da ciência nacional à imprensa do país lançado em 2020, e escreve periodicamente análises sobre ciência e ensino superior para a Folha de S.Paulo.
Para a jornalista, apesar da ciência brasileira ser enorme e de altíssima qualidade, o conhecimento científico ainda está distante das pessoas. “A imensa maioria da população brasileira não sabe mencionar o nome de um cientista ou de uma instituição que faça pesquisa, temos dificuldade para entender o processo científico e isso ficou ainda mais evidente na pandemia”. Sabine, também falou da importância de ter profissionais capacitados para comunicar ciência pela imprensa. “A imprensa é uma verdadeira ponte entre ciência e sociedade. Reconhecê-los por meio de uma premiação é muito gratificante”, completou.
Sabine reforçou que para estimular o interesse da saciedade pela ciência é preciso ter mais espaços de educação científica não formal, acessíveis e gratuitos, para que o conhecimento científico circule mais amplamente. “destaco a importância de que cientistas de todo o país tenham uma interlocução positiva com a imprensa como uma forma de se conectar com a sociedade. Teremos uma cultura científica mais sólida quando instituições de pesquisa e agências de fomento à ciência valorizarem cada vez mais a divulgação científica como o CNPq faz com a premiação José Reis”, finalizou a pesquisadora.
